Brinque com palavras, com o corpo!

Este Blog expõe reflexões de uma dançarina e psicanalista sobre a dança.

No jogo das palavras, o corpo ora se esconde, ora aparece. O corpo, veícula da vida, nos dá sustentação. É o que vai nos propiciar gozar, usufruir o que é nosso por direito.

A DANÇA MIXX é uma dança livre e em parte subversiva. Livre pois transita entre vários estilos e modalidades de dança e cultura. Subverte a ordem do clássico, do oriental, do contemporâneo. Não se encaixa em classificações. Porém, seu ponto central é o trabalho intenso corporal visando a possibilidade de vivenciar outros gozos na dança e na vida.

Vamos brincar, capacidade que algumas crianças têem. Vamos criar, mexer, torcer, girar, pular, correr, tonificar, ouvir o som que nos toca. Vamos nos emocionar!

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terça-feira, 12 de junho de 2012

O gozo do Ballet Clássico





No plié da vida, no elevé, no grand batman e no arabesque, podemos nos encontrar com um certo tipo de vivência de controle do corpo. Muito alongamento e força. Altivez. O gozo desta dança pode estar vinculado a um certo corte. Na barra, a música clássica nos invade e temos que dispensar uma energia de contenção. Conter o movimento, a emoção da música. Devemos nos limitar exclusivamente a executar o que deve ser executado.

Os exercícios são prazerosos e deixam uma marca de bem estar no corpo. No começo podemos não sentir prazer.



Com estas características de controle, limite, contenção e alguns poderiam dizer rigidez, o ballet clássico nos aproxima de um gozo fálico, faltante, limitante. Para alguns pode propiciar o aumento de desejo já que no circuito desejo e gozo há um certa relação: quanto maior o desejo, menor o gozo e vice-versa.
Esta dança também pode propiciar a vivência de um gozo a mais, o dito gozo feminino. A condição para vivenciar este tipo de gozo é gozar falicamente.
O Ballet também trabalha a questão da imagem corporal no sentido de nos fornecer uma ilusão de unidade, de um corpo perfeito, inteiro.

A noção de gozo mencionada nas danças, diz respeito ao sentimento oceânico que Freud abordou em seu texto sobre o mal estar da civilização. O gozo, se refere ao corpo, á vida e a um imperativo. Goze! Cada um, goza como pode. Gozo não se escolhe. Pode se referir também ao orgasmo. Diríamos que no momento do orgasmo somos invadidos pelo sentimento oceânico e após, uma sensação de bem estar corporal que a dança pode dar para quem ama dançar.












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