“A feminilidade escapa ás palavras e se mantém em outra
parte que não aquela aonde se mostra.”.
O gozo de um corpo que dança a dança do ventre é um gozo
fálico, ou seja, um gozo ligado aos signos do que seria uma feminilidade. Movimentos
sinuosos, movimentos do ventre que gera a vida, suavidade nas mãos, pés
alongados...
Essas características traduzem a ideia de um feminino.
Porém, coloco que a feminilidade é algo da ordem de uma construção. De algo que
não está pronto nem dado. A dança do ventre pode funcionar como uma “segurança”
de reafirmação da feminilidade.
Porém, não há algo que represente a feminilidade.Não há o
que garanta a mulher. O véu que mascara a falta revela a própria. Se algo
falta, algo fala, algo fálica. Ela está presa ao gozo fálico, gozo da
linguagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário