Quem já sentiu ao dançar ou ao ouvir uma música um
sentimento oceânico? Algo maior que nós que nos invade? Dependendo da música,
do estilo de dança e das condições internas da pessoa, o ser que dança pode viver
um gozo além das palavras. O conceito de gozo para a psicanálise tem um
percurso. Inicialmente, ligado ao prazer sexual. Lacan repensou o gozo e o inseriu
no campo da identidade sexual.
Dentre as identidades temos o gozo fálico, ligado ao
masculino e o gozo feminino ligado ao masculino mas com algo a mais,
suplementar. É algo da ordem do não-dito. Não há palavras para definir o gozo
feminino ou suplementar. A dança pode nos propiciar a vivência de uma
feminilidade, de uma forma de gozar não toda presa ao masculino, ao fálico.
Isso, independe de ser homem ou mulher.
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