Brinque com palavras, com o corpo!

Este Blog expõe reflexões de uma dançarina e psicanalista sobre a dança.

No jogo das palavras, o corpo ora se esconde, ora aparece. O corpo, veícula da vida, nos dá sustentação. É o que vai nos propiciar gozar, usufruir o que é nosso por direito.

A DANÇA MIXX é uma dança livre e em parte subversiva. Livre pois transita entre vários estilos e modalidades de dança e cultura. Subverte a ordem do clássico, do oriental, do contemporâneo. Não se encaixa em classificações. Porém, seu ponto central é o trabalho intenso corporal visando a possibilidade de vivenciar outros gozos na dança e na vida.

Vamos brincar, capacidade que algumas crianças têem. Vamos criar, mexer, torcer, girar, pular, correr, tonificar, ouvir o som que nos toca. Vamos nos emocionar!

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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Corpo- conhecimento


“Em se tratando do meu próprio corpo ou de algum outro, não tenho nenhum outro modo de conhecer o corpo humano senão vivendo-o. Isso significa assumir total responsabilidade do drama que flui através de mim, e fundir-me com ele”. (MAURICE MERLEAU-PONTY).

Conhecer o corpo? Qual a relevância?

Merleau-Ponty nos responde certeiramente acerca do como conhecer o corpo: vivendo-o. A dança nos dá vida, vivência.

Porém, para a questão da relevância de conhecê-lo, deixo-a em aberto. Não há uma verdade absoluta. O que há é simples. Cada um é um, único. O que importa a um pode não ter destaque para outro.

Mas se partirmos do ponto de vista da constituição do psiquismo, conhecer o corpo próprio envolve a fala e o olhar do outro dirigidos a nós. Conhecer o corpo é ter um corpo simbólico. É ter tido um conhecimento paranoico no sentido de que veio do outro.

Primeiro a mãe, o pai nos dão um certo saber sobre nós. “Esta chorando porque sente frio, fome, está com dor, está triste...”. Eis um saber sobre o próprio corpo que vem do outro.

O médico diagnostica. Outro saber que vem do outro. Vale ressaltar que o saber que vem do outro sobre nós pode não ser o que temos a dizer.

Neste ponto, coloco a seguinte questão: que significa ter um saber sobre o corpo? Sobre o próprio corpo? Se o ponto de partida do conhecimento corporal vem do outro, como podemos construir, tecer um saber que é próprio e singular de cada um? Como se responsabilizar pelo nosso desejo, nossa presença, nossa forma de estar no mundo?

Deixo perguntas...caso deseje, comente, dialogue...

 

 

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