O artista é aquele que reconhece seu
desamparo fundamental, sua falta.
Por reconhecer ele entrega-se ao ímpeto de
criar e propicia que o espectador também se reconheça ali, na obra.
A criação está relacionada com a
sublimação. Uma resposta ao desamparo. Para Freud, o conceito de sublimação
estaria vinculado á uma saída do sujeito para lidar com sua pulsão sexual. A
energia sexual seria utilizada para realizar atividades culturais SUBLIMES.
Ou seja, a sublimação vem como resposta à
satisfação sexual para Freud.
Mas, se a energia sexual se destina a
cultura, no caso do mecanismo da sublimação, podemos colocar que este, coloca
em evidência a relação do sujeito com a cultura. Logo, a arte é inclusiva. Ela não
exclui o sujeito da sociedade. Vejam a função social e psíquica da dança neste
caso!
Segundo Alain Didier Weill (1997), devemos compreender
a sublimação, como um “empuxo à simbolização”!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Simbolizar quer dizer elaborar a ausência e
presença, elaborar os lutos da vida. Significar traduzir em palavras o que
nunca foi dito OU, traduzir na dança, na obra de arte, no palco, na tela,
aquilo que não se tem palavras. Aquilo que não dizemos retorna como formas
sintomáticas.
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