“Trata-se sempre de uma relação com o furo, com o vazio no
Outro, que o artista, o louco, a mulher e o analisando em fim de percurso- cada
um a sua maneira- podem encontrar e da qual podem dar testemunho”. (Alain,
Didier-Weill).
O furo no saber se faz presente na dança. Há uma dimensão de
finitude constante no ato do dançar.
Para esse resto inominável do fim, para um luto simbolizado
e seu resto inaudito, danço. Passo.
Passo do olhar que reconhece para o olhar que ouve. Encontro o vazio do Outro.
Des-ser. A dança mixx foi criada a partir do fim de minha
análise. Dança das mixxturas, das alienações e separações. Dança da relação com
o som.
Os tempos de ver- tempo de angústia
Tempo de compreender- tempo de oscilações. A queda.
Quando concluir? Tempos de furo no saber. Há que inventar!
Há um resto inominável na qual a dança encontra seu ponto mais iluminado.
Valida o des-ser, possibilita a queda e aponta a passagem.
Do conhecimento paranoico ao desconhecimento do outro.
Passagem da satisfação pulsional escópica ao corte na carne. Chegando até onde
posso ir.
Ao meu fim de análise, me autorizo a dançar e a ouvir o som!!!
Tin tin.
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