A dança, pensada como uma expressão
artística pode ser um elo com o social na loucura. Os loucos não tem lugar em
São Paulo. Os CAPS tentam, os psicólogos, também. Os médicos, medicam. Os
analistas debatem.
Mas,
a loucura pensada como uma rede, não tem lugar.
Ou melhor, o lugar destinado na maioria das
vezes, é o da exclusão. Enquanto sujeitos paulistas, temos inúmeras dificuldades
para acolher simples diferenças, quanto menos, psicóticos, paranóicos,
delirantes, esquizofrênicos, autistas, bipolares, e o que mais tiver de
patologias.
Em
função deste não lugar reflito e coloco que a dança, além de suas propriedades
de prótese de constituição psíquica, ela pode fazer uma ponte entre aquele que
porta a loucura e o social. Pintores famosos, escritores, dançarinos fizeram
essa ponte sem "intenção".
Aposto na ideia da dança, do corpo que pode
dançar, como uma possibilidade de inclusão na sociedade.
Ali,
aonde não há voz, que se manifeste um corpo que possa publicar o não dito. Que
este ser tenha a possibilidade de se responsabilizar minimante pela sua publicação.
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