Brinque com palavras, com o corpo!

Este Blog expõe reflexões de uma dançarina e psicanalista sobre a dança.

No jogo das palavras, o corpo ora se esconde, ora aparece. O corpo, veícula da vida, nos dá sustentação. É o que vai nos propiciar gozar, usufruir o que é nosso por direito.

A DANÇA MIXX é uma dança livre e em parte subversiva. Livre pois transita entre vários estilos e modalidades de dança e cultura. Subverte a ordem do clássico, do oriental, do contemporâneo. Não se encaixa em classificações. Porém, seu ponto central é o trabalho intenso corporal visando a possibilidade de vivenciar outros gozos na dança e na vida.

Vamos brincar, capacidade que algumas crianças têem. Vamos criar, mexer, torcer, girar, pular, correr, tonificar, ouvir o som que nos toca. Vamos nos emocionar!

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quarta-feira, 13 de março de 2013

Transmissões da dança-revelações da corporeidade


Apreender uma dança é dá mesma ordem da apreensão de uma língua. Uma língua outra. Por ser outra, somos estranhos nesta outra língua, na dança...

Há uma gramática corporal necessária e posteriormente uma fluidez na língua. Para uma fluência/ fluidez é necessário o estudo de uma gramática.

Logo, a aprendizagem de uma língua outra nos serve de metáfora para o aprendizado de uma dança.

Porém, que aprendizado é esse?

É algo que vem do sujeito que se dispõe a estar em sala de aula. Para tal, o lugar do professor/mestre é evocado. Trata-se de transmissão mais do que o ensino.

O sujeito apreende e incorpora a gramática a tal ponto que fala uma outra língua.

Portanto, é uma linguagem única. Ele pode até querer transmitir essa linguagem a outros mas há não garantias de que sua mensagem chegue a esse outro como ele desejou.

Vai chegar uma outra mensagem. Afinal, há um outro ser que quer dançar.

Não se trata de uma certa relação ensino-aprendizagem mas sim de transmissão-forma de recebimento da mensagem.

Afinal, a interpretação é sempre daquele que transmite e daquele que interpreta!

Aprender uma língua envolve códigos universais. Porém, o que aquele que buscou apreendeu é singular.

O corpo e a linguagem nos fornecem o contato com uma finitude. Não se pode dizer tudo, tão pouco ser imortal. A linguagem é incompleta como o sujeito.

Assim, “a corporeidade do sujeito revela o que é mais incerto na

experiência da existência, já que mediante aquela a subjetividade indica a sua falibilidade”.

 

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